Quarto encontro do Orçamento Participativo reúne quase 600 pessoas na Região Nordeste

A penúltima edição do evento, realizado na quinta-feira (30), no Centro de Convivência Leonel de Moura Brizola, foi reforçada pela participação democrática

Foto: Christian Rizzi/PMFI.
O quarto encontro da segunda edição do Orçamento Participativo, realizada nesta quinta-feira, 30, na região Nordeste, foi marcado mais uma vez pela participação democrática da população. Cerca de 600 pessoas participaram do evento no Centro de Convivência Leonel de Moura Brizola e organizaram comitivas, que vieram preparadas com cartazes e pedidos das obras mais necessárias para os bairros.
Conforme a escolha dos moradores, a maior parte do orçamento de R$ 10 milhões será utilizada para a educação, como a reforma e ampliação de unidades de ensino, entre escolas e CMEIs (Centros Municipais de Educação Infantil). Mas a saúde, o esporte e o lazer também estiveram entre as prioridades, em quadras de esporte e construção de Unidades Básicas de Saúde.
A força da participação popular na votação impressionou Evander Lopes, de 28 anos, que está finalizando a mudança para o Jardim Alvorada e veio até o OP para entender melhor todas as demandas do bairro.
“Como morador novo, achei muito positiva essa união dos moradores para conseguir os objetivos. Assim compreendo como tudo funciona e posso me aliar no engajamento para as próximas reuniões. Temos que participar de todos esses processos, o que também faz parte dos nossos deveres como cidadãos”, contou.
Para o prefeito Chico Brasileiro, este participação é o que deve permear os encontros do Orçamento Participativo, que já estão na história de Foz do Iguaçu. “Aqui todos vêm para construir democracia. Não se trata de uma disputa, ninguém sai perdendo quando vemos a população de unir para melhorias em comum. Quem ganha é o bairro, os moradores e as futuras gerações, que irão conhecer cada vez mais o processo democrático”, celebrou o prefeito.
Impressões positivas
Morador do Jardim Nacional, Julian Moreira, está há cerca de três anos em Foz e gostou muito da ideia de poder contribuir com a decisão de onde aplicar as verbas. No evento, veio pedir mais vagas para o CMEI onde o filho estuda.
“No outro município em que eu morava era feita uma audiência pública, mas só para apresentar o que já haviam decidido. Poder escolher é muito bom, pois somente quem mora sabe quais são as demandas urgentes. Parabenizo muito a todos que organizaram o evento”, elogiou.
A diretora da Escola Municipal Três Bandeiras, Ruti Nascimento, conta que mobilizou a população da região a participar. “Pedimos para os pais, moradores e colegas que viessem e contribuíssem. Somente com a união conseguimos conquistar objetivos em comum”, afirmou.
Ações para os bairros
Chico Brasileiro apresentou resultados de obras já realizadas, ou em andamento, na região Nordeste por meio do Orçamento Participativo de 2019. Entre elas a pavimentação de ruas, reconstrução de escolas e CMEIs. Somente em asfaltamento, foram investidos mais de R$ 5,5 milhões na região nos últimos quatro anos.
“A pandemia impossibilitou que realizássemos todas as obras previstas, em contrapartida, todos os moradores receberam quase um novo Hospital Municipal, com equipamentos que salvaram a vida de nossos iguaçuenses num período tão difícil”.
A secretária de Saúde e primeira-dama, Rosa Maria Jeronymo, também destacou o novo momento que a cidade vive e reforçou novas obras na área da saúde para o bairro, como a construção de um posto de apoio ao Samu, na praça central de Três Lagoas.
“Estar aqui se tornou possível por conta de todos os esforços para avançarmos na vacinação de nossos moradores. Peço para que todos continuem se vacinando, não se esqueçam da segunda dose e mantenham os cuidados. Essa região é uma das nossas prioridades e contamos com esse auxílio”.
“O Orçamento Participativo veio para ficar. O trabalho começou em 2019, precisou ser interrompido em 2020, mas foi retomado com força e teremos todos os anos, pois sabemos dessa importância de ouvi-los”, ressaltou Kelyn Trento, secretária de Direitos Humanos e Relações com a Comunidade.